Itajaí - Balneário Camboriú - Itapema - Balneário Camboriú - Itajai
Distância: 72,28km
Tempo: 4h44m
Velocidade média: 15,26km/h
Velocidade Máxima:
Eram 8h25m quando eu e o Allison saímos da casa dele para mais uma pedalada.
Pedalávamos pelo centro de Itajaí conversando sobre o que cada um carregava em sua mochila.
Vitor: 2 maçãs, 4 bananas, 6 barras de ceral, calça, moletom e um cadeado.
Allison: 1 maçã, 2 barras de ceral, jaqueta, boné e maquina fotográfica.
Logo chegamos ao primeiro “desafio” de nossa jornada. O morro cortado.
Subimos na boa e descemos tranquilamente, apenas tendo o trabalho de desviar de uma retro-escavadeira que descia mais vagarosamente.
Continuamos batendo papo por todo o trajeto. Chegando
Atravessamos admirandos os belos barcos atracados na Marina Tedesco. O sol começava a aparecer, aproveitamos para colocar os óculos de sol.
Logo que saímos da balsa, já estávamos na L.A.P. – Linha de Acesso as Praias – também conhecida como Interpraias.
Pedalamos poucos minutos e tivemos que encarar nosso segundo desafio. A “subida do bondinho”. Também subimos tranquilamente e relembramos de outras pedaladas que fizemos e passamos pelo mesmo caminho.
Depois de uma suave descida encaramos o 3º morro, aquele que daria na praia de Laranjeiras. Subidinha um pouco mais puxada, mas que conseguimos encarar com naturalidade, logo depois uma bela descida, bastante inclinada que nos proporcionou atingirmos nossa velocidade máxima de
Mas nossa alegria durou pouco menos de
Foi uma boa parada que durou em torno de 20 minutos. Tentei regular minha marcha problemática, batemos fotos, comemos nossas barras de cereal conversamos bastante, inclusive na hipótese de acampar
Mas como nem tudo são flores na vida de dois ciclistas, logo que saímos deste mirante, deparamos com a 5ª subida, não tão cansativa como a anterior, mas já era a QUINTA.
Novamente, mais uma bela paisagem, a Praia de Taquaras. Descemos o pequeno morro, passamos pela “Pedra Ovo” e fomos pedalando pela avenida paralela a praia de Taquaras.
Chagando no fim da praia, uma curva pra direita, outra para a esquerda e vimos algo que parecia uma Montanha, mas era o 6º Morro de nossa jornada. O monte que nos levaria até a Praia do Pinho. Antes da subida paramos em um boteco no pé do morro para reabastecer nossos cantis de água e novamente eu tentar ajusta a marcha, sem sucesso.
Fomos para a subida, eu fazendo ziguezague e minha corrente estralando, logo o Allison já tinha uma boa distancia e chegará primeiro ao cume. Chegando lá ele sacou a maquina fotográfica e começou a registrar em forma de vídeo o final de minha sofrida subida e das belas praias de Taquaras e Taquarinhas ao fundo.
Conversamos um pouco e logo dois ciclistas passaram por nós e desceram rapidamente o que levamos bastante tempo para subir. Enquanto gravamos um vídeo, o vento que desde o começo da pelada era contra nosso sentido, derrubou minha bicicleta.
Levantamos e seguimos viagem. Prontamente encontramos uma rua de barro alternativa pelo lado esquerdo. Rua essa que não conhecíamos, olhei para o Allison e perguntei:
- Vamos?
Ele concordou e seguimos. Logo a Rua foi se transformando em caminho e depois em uma trilha. Seguimos pedalando e descendo no melhor estilo down hill sem saber onde iríamos dar.
De repente a vegetação foi acabando e chegamos num belo costão. O costão esquerdo da Praia do Pinho. Realmente era um belo lugar inclusive com uma piscina natural d’água do mar.
Também batemos várias fotos e foi quando lembramos a SUBIDA!!!
Seria nossa 7ª subida! Devido ao terreno acidentado um subimos uma parte empurrando a bike e comendo nossas maçãs. Quando voltamos ao asfalto, seguimos sentido sul e passamos por mais dois ciclistas e também pela entrada da praia do pinho, e mais uma subida, dessa vez bem leve, mas que exigiu uma troca de marcha. Foi a 8ª!
Depois desta subida leve, uma bela descida, que só não atingimos os 60km/h devido a curva fechada no pé do morro.
Chegamos à praia de estaleirinho passamos por diversas praias e nesta altura já avisei ao Allison. “Só há mais um morro, mais é o mais pegado”
Passamos pelas belas casas conversando até chegar ao temido morro da praia do estaleirinho para a Praia do Estaleiro. Com certeza não era o mais longo, mais era o mais inclinado, e por ser a 9ª subida foi a mais sofrida. O sol já queimava nossos rostos e mãos, foi quando lembramos que esquecemos o protetor solar.
Passamos pelo morro e logo víamos placas indicando a proximidade da BR101.
4km depois chegamos a cidade de Itapema. Seguimos pelo acostamento na contramão, passamos na frente da policia rodoviária federal e Plaza Hotel, onde os burgueses faziam uma humilde partida de golfe.
Foi então que lembrei que tínhamos mais um morro, era de leve, mas o vento contra natural e o vento contra gerado pelos caminhões que vinham em sentido contrário fez com que batizássemos essa subida de “Chata!!” Foi a décima.
Logo que descemos encontramos um trevo no qual entramos no sentido do mar de Itapema. Comemos uma banana e nessas alturas o Allison já reclamava de fome enquanto eu procurava uma oficina de bicicleta pra ajustar minha marcha.
Fomos tocando, pedalamos na areia da praia, até chegarmos
Foi então que o Allison parou numa Farmácia e pediu informações sobre algum bom restaurante próximo. Recebemos a indicação e paramos no Restaurante Massolin.
Prendemos as bikes numa placa de trânsito e fomos matar o que estava nos matando, a fome! Encontramos um belo Buffet, com diversos tipos de saladas, massas, carnes etc....
Fizemos nossos pratos, sentamos na varanda pra vigiar as bikes e almoçamos tomando uma boa coca-cola de vidro e curtindo um som ao vivo.
Quando acabamos de comer, percebemos que tínhamos exagerado um pouco. Sentimos a necessidade de passar na farmácia comprar um sal de frutas para auxiliar na digestão. Fizemos e fomos para a praia. Chegamos à praia 13h30 deitamos na areia sob a sombra de uma árvore e descansamos por meia hora.
Às 14 horas já estávamos pedalando em ritmo lento em direção a Itajaí.
Antes de pegar a BR-101 novamente, paramos no POSTOS BRAVA na saída de Itapema. Compramos água e aproveitei para “fazer uma ligação para Rafa.”
Logo seguimos viagem de volta para Itajaí, desta vez seguíamos pelo acostamento no sentido certo, e éramos beneficiados pelo vento gerado pelos caminhões que passavam por nós.
Subimos o morro do Plaza desta vez de um lado para outro, as subidas já somavam 11.
Não demorou muito e já víamos a entrada do túnel do morro do boi. Abençoado túnel que evitou mais uma subida de respeito. Na entrada do túnel tinha uma mangueira de bombeiro e com um pequeno furo que formava um esguicho bem na parte onde tínhamos que passarmos. Passamos, tomamos um esguicho de água na cara, e percorremos todo o túnel gravando um filme.
Dentro do túnel encontramos vários camundongos, alguns passavam pela nossa frente outros já esmagados no chão.
Saímos do túnel, eu continuava com a câmera na mão, só que desligada.
O Allison chegou do meu lado liguei a câmera e comecei a gravar um vídeo. Logo a frente, havia um retorno para carros do lado esquerdo. Como estava com a câmera na mão pedi para o Allison:
- Vem carro lá atrás Allison??
Foi quando ele virou para trás para checar, neste momento ele perdeu a direção, saiu do acostamento, indo para a parte de mato e esburacada....
Ainda tentei alertar:
- CUIDADOOO!
Já era tarde. A roda da frente de sua bike caiu em um buraco e o Allison deu um belo mergulho por cima do guidão da bicicleta.
Confesso que no primeiro momento fiquei preocupado, mas não deixei de registrar tudo no vídeo que já tinha começado a filmar.
O tombo já tinha acontecido, e eu não tinha falado nada, mas quando vi o Allison já sentado no chão balançando a cabeça de forma negativa, comecei a dar risadas.
Fui me aproximando dele que também já ria da situação. Claro que fui gravar o depoimento dele depois do ocorrido. Depois de me acusar como culpado pela queda, ele viu o lado positivo do ocorrido.
“Nem doeu!” , “ Um dia tinha que acontecer né!?” , “É bom para ficar ligado”
Como o Allison saiu ileso, sem nenhum arranhão, continuamos pedalando e dando boas risadas.
Chegando a Balneário Camboriú, encontramos algo que já e de praxe. Uma carreata política. Por sorte não demorou 20 segundos para superarmos essa chatice.
Seguimos pela marginal leste para evitarmos as subidas dos viadutos, logo passamos pelo Crematório Vaticano, e Balneário Camboriú já era passado.
Mais a frente, encaramos mais uma subida, próximo a Granja já na cidade de Itajaí. Já muitos cansados, tivemos que suportar a catinga deixada por um caminhão de porco que passará por nós.
A frente víamos uma placa e o Allison torcia:
- Tomara que seja a placa indicando 1km.
E era mesmo, chegamos ao trevo seguimos pela contorno sul, passamos pelo Itamirim, Rua Indaial, e depois de 4 horas e 44 minutos pedalando, 72,28km rodados, e uma velocidade média de 15,26km/h completamos nossa mais longa jornada pedalando até aqui, em frente a casa da Aline na Rua São Paulo.